Aline Lins

Promotor de Justiça entra com ação para obrigar Cartaxo a calçar ruas de JP e pede condenação por danos morais no valor de R$ 1 milhão

MPPB ingressou com ação civil pública no Tribunal de Justiça da Paraíba. Demandas para calçamento das ruas foram aprovadas em 2012 no programa de políticas públicas da gestão municipal

Promotor de Justiça entra com ação para obrigar Cartaxo a calçar ruas de JP e pede condenação por danos morais no valor de R$ 1 milhão

MPPB pede multa pessoal para Luciano Cartaxo — Foto:Walla Santos

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) entrou nesta terça-feira (16) com uma ação civil pública no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) para obrigar a Prefeitura de João Pessoa (PMJP) a calçar 16 ruas no bairro Muçumagro, de um total de 103 ruas não pavimentadas em vários bairros de João Pessoa. A ação se originou de um inquérito civil público que apurou o descumprimento das políticas públicas aprovadas no Orçamento Participativo desde o ano de 2012. Além da execução das obras de calçamento e drenagem das ruas, o MPPB pede multa diária contra o prefeito Luciano Cartaxo no valor de R$ 10 mil e a condenação do município de João Pessoa por danos morais coletivos no valor de R$ 1 milhão. 

A ação civil pública é assinada pelo promotor de Justiça dos Direitos do Meio Ambiente e do Patrimônio Social, João Geraldo Carneiro Barbosa.  De acordo com o promotor, a falta de infraestrutura compromete a qualidade de vida, a segurança, a mobilidade e a saúde das pessoas, bem como fere o princípio da dignidade da pessoa humana.

De acordo com a denúncia dos moradores do bairro, a ausência da infraestrutura dificulta o acesso da comunidade aos principais serviços públicos, tais como coleta de lixo, segurança, entre outros. De acordo com laudo de engenharia feito pelo MPPB, a comunidade não tem qualquer infraestrutura urbana, pois na maioria dos logradouros do conjunto Padre Juarez Benício e do bairro Muçumagro, não existe calçamento, meio fio, linha d’água, drenagem de águas pluviais e nem esgotamento sanitário.  

A Prefeitura de João Pessoa alegou, nos autos do inquérito, que estaria aguardando o repasse de recursos do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal para pavimentar as 103 ruas em vários bairros da cidade, que seriam objeto de convênio com o governo federal. Contudo, o Ministério das Cidades informou ao MPPB que a PMJP perdeu o prazo para “contratação do objeto” do convênio e a Caixa Econômica informou que o financiamento não foi feito porque a PMJP não se enquadrou nos limites creditícios exigidos pelo Conselho Monetário Nacional. 

Na ação, o Ministério Público destaca que em audiência realizada com representante da Prefeitura em 25 de fevereiro de 2015, o procurador geral do município chegou a dizer que o Judiciário não teria competência para interferir na questão. “Ante o princípio elementar da separação dos poderes, vislumbro ser impossível que o Poder Judiciário provocado pelo Ministério Público tenha condições de determinar ao Poder Executivo municipal planejamento urbanístico da cidade. A questão de organização das políticas públicas é matéria afeta ao Poder Executivo”, disse o representante da prefeitura, que afirmou ser infrutífera eventual demanda judicial. 

Confira a ação na íntegra no portal do Ministério Público. 

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