O laudo pericial aponta que o empresário Helton Pessoa foi atingido com um tiro na cabeça e que os disparos foram dados pelas costas. A informação foi divulgada pelo advogado Daniel Alisson, da defesa da vítima. A esposa de Helton cumpre prisão domiciliar como principal suspeita do crime. Ela alegou que atirou em legítima defesa e que teria sido espancada por Helton.
A Polícia Civil investiga o caso. Segundo o advogado, o Exame Pericial do Local de Morte Violenta feito na Fazenda Zumbi, zona rural de Sapé, no dia do crime, revela que Helton recebeu o primeiro disparo enquanto estava de costas, tiro efetuado pela esposa dele, a empresária Taciana Ribeiro Coutinho.
O laudo mostra ainda que a vítima estava de costas para a porta do banheiro e que na hora do disparo a porta móvel de vidro do box estava fechada. O advogado relata também que os disparos foram feitos à distância, o que, segundo ele, desmente Taciana, a qual teria afirmado em depoimento que Helton saiu do box em direção a ela dizendo “vou lhe matar, vou lhe matar.”
Daniel Alisson também narra que a perícia não encontrou sinais ou qualquer evidência de luta corporal entre a vítima e a suspeita. “Ou seja, as afirmações de que foi arrastada e que no interior do quarto continuou sendo agredida não passam de falácias proferidas pela executora para tentar se esquivar do flagrante”, declarou o advogado.
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Ainda conforme o laudo, Helton executou uma posição de defesa ao ser atingido pelo segundo tiro e apoiou o próprio peso na perna esquerda. O último disparo foi na cabeça enquanto ele se apoiava em uma das pernas. “Ao todo foram efetuados contra a vítima quatro disparos, sendo três deles nos membros inferiores e o último na cabeça que fez com que a vítima viesse ao solo. Restando claro, mais uma vez, que Taciana mentiu em seu depoimento ao dizer que no primeiro disparo Helton caiu.”
“Tendo em vista os fatos levantados pela pericia, demonstrou-se que Helton foi assassinado com requintes de crueldade, pelas costas, sem possibilidade de defesa, nem prestação de socorro e que o real interesse da empresária era executar seu companheiro, devido ao ‘tiro de misericórdia’ efetuado na cabeça da vitima”, argumentou o advogado de Helton Pessoa.
O laudo foi encaminhado ao delegado Reinaldo Nóbrega, responsável pelas investigações do caso. O ClickPB tentou falar com ele, mas não conseguiu.