Clilson Júnior

Restam 40 dias… e agora Cartaxo, Cida, Victor Hugo e Charliton?

Indicação não é motivo de voto. Avaliação de governo é, e muito importante.

Restam 40 dias... e agora Cartaxo, Cida, Victor Hugo e Charliton?

Contagem regressiva — Foto:Da Internet

A campanha eleitoral não começou, não existe e nada acontece no dia a dia dos eleitores pessoenses. É algo muito estranho onde falta a participação popular. Em cada release que chega, seja de Cartaxo ou Cida Ramos, por onde os candidatos passam a “multidão” que se vê nas fotos faz parte da claque armada de ambos os lados. Onde já se viu o eleitor, sair de casa e ir para uma caminhada seja em qual bairro for já vestido de azul ou laranja, ou coma estrela do PT no peito e atrás de Victor Hugo. Isso é claque montada, nisso todos concordam.

O eleitor anda desconfiado e aquela máxima que existia antigamente –  aliás, não tão antigamente assim – onde o candidato corriam atrás dos grotões, da periferia em busca do voto do desinformado, mudou tudo e muito.

A campanha de Cida Ramos insiste no erro de querer que ela se comporte como um Ricardo Coutinho de saia. Erro estratégico. Ricardo é Ricardo e Cida é Cida.  Hoje o que mais ouvi foi sobre o fraco desempenho de Cida em um debate realizado na noite de ontem. Olha que quem mais escutei foram os eleitores de Cida declaradamente. A afirmação parecia combinada: Se fosse Ricardo no debate de ontem, Cartaxo teria sido aniquilado no primeiro bloco.

Também foram unânimes o belo desempenho do Professor  Charliton do PT, assim com Victor Hugo do PSOL.

A cúpula do PSB e o marketing de Cida insistem em querer fazer de Cida um Ricardo que não é candidato. Apostam na transferência de votos! Erro fatal!

Acreditar apenas que Ricardo Coutinho fará a transferência de votos que Cida precisa para chegar no segundo turno é algo bastante infantil e grosseiro. Não funciona. Jogar para Ricardo a responsabilidade de levar sua candidata para um segundo turno,  que hoje anda distante demais é algo quase infantil.  Achar que esses votos que Cida precisa, estão apenas esperando a indicação de seu líder, neste caso, o ex-prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho é coisa de bobo.

Ricardo tanto ajuda, quanto atrapalha. Quando falo atrapalha, falo pelo viés da insegurança pública. Aqui na capital é onde mais se sente a ausência de polícia.

Cida precisa mostrar o que pode fazer por João Pessoa que ainda não foi feito. Cartaxo já percebeu isso e avança mostrando que o eleitor precisa dar continuidade ao seu governo, que é bem avaliado.

Cida precisa quebrar vários tabus: o primeiro diz respeito a instituto da reeleição. São raríssimos os casos onde o prefeito, na reeleição, fora derrotado. Olhemos pelo retrovisor: Cícero Lucena em 1996 disputou a prefeitura de João Pessoa, logrando êxito no segundo turno. Reelegeu-se em 2000, já no primeiro turno, com 74% dos votos válidos. Tentou em 2004 emplacar Ruy Carneiro e viu Ricardo Coutinho elege-se prefeito de João Pessoa ainda no 1º turno com 64,45%. Reelegeu-se prefeito também no 1º turno com 73,85% dos votos. Tentou emplacar Estela Bezerra que fracassou, não chegando ao segundo turno!

Resumo da ópera: Ricardo Coutinho quando apresentou Estela Bezerra, o eleitor não gostou e disse mais ou menos assim: “Ei Ricardo Coutinho, eu gosto muito de você, votei em você na última eleição para governador e prefeito, mas o voto que você pede para Estela Bezerra eu não dou. Desculpa-me Mago, se fosse a você eu votava”.

Moral da história: Indicação não é motivo de voto. Avaliação de governo é, e muito importante. Quem governa é Cartaxo e o eleitor tem que ver em Cida, Victor Hugo ou Charliton, somente neles, milhões de motivos para não continuar com Cartaxo.

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