Dois familiares de pacientes da Capital do Amazonas, Manaus, que estão internados no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) em João Pessoa chegaram doentes. A informação foi dada pelo procurador de Justiça do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Francisco Sagres, durante entrevista ao ClickPB nesta quarta-feira (20). Segundo ele, uma reunião aconteceu ontem e foi tratada a situação dos pacientes, fim das aglomerações na Paraíba e distribuição de vacinas.
A reunião contou com a participação dos Ministérios Públicos Federal, Estadual e do Trabalho, superintendência do HULW e Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB). “Foram discutidas várias questões entre elas a distribuição da vacina, a situação do pessoal que veio do Amazonas e atrás deles quem financiou as passagens de alguns parentes desses pacientes. Chegaram aqui para quererem se hospedar no HU”, afirmou.
Ainda de acordo com o procurador de Justiça, duas familiares estavam contaminadas com o novo coronavírus. “Em vez de serem 15 internados ficaram 17. Isso são alguns absurdos que podem acontecer numa situação dessa. Ora, se estamos disponibilizando leitos para pacientes do Amazonas porque os parentes estão vindo, se eles [pacientes] não podem ter contato com esses pacientes?”, questionou. O último boletim divulgado pelo Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), na terça-feira (19), consta apenas 16 pacientes internados, ou seja, um a mais dos que foram transferidos. Um novo boletim será divulgado ainda hoje.
Segundo Francisco Sagres, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde determinou que não permita o deslocamento de familiares para os estados onde estão internados os pacientes com covid-19 de Manaus. Outras reuniões estão agendadas para se discutir também o fim das aglomerações nos municípios e o cumprimento do decreto Estadual, uso dos protocolos sanitários (máscaras) em estabelecimentos comerciais, feiras livres. “Para justamente definirmos, junto aos prefeitos, o cumprimento integral dos protocolo do estado e acabar permanente com aglomerações”, finalizou.