A ex-secretária Municipal de Saúde de Campina Grande, a médica Tatiana Medeiros, formalizou, Ministério Público da Paraíba (MPPB), nesta terça-feira (26), denúncia de fura-filas na vacinação. Na semana passada, a médica denunciou o caso em suas redes sociais e também denunciou, por meio dos canais do Ministério Público, os casos que ganharam repercussão em toda a Paraíba.
A médica revelou, em entrevista ao ClickPB, que antes de formalizar presencialmente a denúncia no MPPB já havia feito três denúncias de forma eletrônica. “Hoje eu reuni todas as denúncias e fui fisicamente protocolar”, comentou, destacando que recebeu inúmeros casos de pessoas que furaram a fila das prioridades na vacinação contra a covid-19. “Eu tenho print de postagens. Hoje, as pessoas usam de forma indevida as redes sociais, às vezes não sabem nem que estão gerando provas contra elas. Foi exatamente o que aconteceu”, revelou.
Tatiana Medeiros informou ainda que no primeiro protocolo, de forma eletrônica, foram enviados cinco denúncias. No segundo, um e no terceiro outra. Ao todo, sete denúncias. “E tem mais. Agora só estou encaminhando quando eu tenho informações a mais que me dão segurança para encaminhar, mas eu recebo diariamente uma enxurrada de denúncias. As pessoas estão extremamente preocupadas, porque logicamente estamos em uma pandemia, e o tempo urge, onde a vida se depara com a morte”, observou.
Entre os denunciados estão pessoas jovens que não estão entre os grupos prioritários e que trabalham em locais que não lidam diretamente com pacientes doentes com o novo coronavírus. “São pessoas que receberam empregos por amizades na parte administrativa de uma UPA que ainda não foi selecionada para receber as doses. A gente não tem dose suficiente nem para 50% dos profissionais de saúde”, revelou. A médica destacou a importância de que todos sejam vacinados, mas frisa a importância de se respeitar a fila e os critérios.
Denúncia nas redes
Em suas redes sociais, ela declarou que está reunindo provas para formalizar uma denúncia junto ao Ministério Público.A médica publicou em suas redes sociais que estava colhendo provas, que foram produzidas pelos próprios vacinados, e que denunciaria o caso no Ministério Público da Paraíba.
O município de Campina Grande recebeu na primeira remessa 4.194 doses da Coronavac. Já da Astrazenaca/Oxford, 3.210 e a terceira remessa (Coronavac). Na semana passada, o MPPB informou que para denunciar seria necessária a apresentação de provas (fotos, vídeos) para início da investigação.