A preço de hoje, a eleição para a presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) está empatada entre os dois grupos divergentes que disputam o cargo. Entre os três desembargadores mais antigos que podem concorrer – Márcio Murilo, Saulo Benevides e Joás de Brito -, somente Márcio Murilo teria vantagem nessas condições, por ser o decano elegível: em caso de empate com Saulo Henriques de Sá e Benevides, Márcio Murilo venceria.
Márcio Murilo, no entanto, tem resistido a concorrer à presidência, por motivos pessoais já declarados – pretende se dedicar a cuidar do seu pai, idoso. Se depender de sua vontade, Murilo vai apoiar Joás novamente.
Se não houver acordo, no entanto, a mesa diretora do TJPB está fadada a ficar mesmo pendurada na Justiça, porque se Joás nesta nova eleição não captar votos suficientes para se eleger, talvez ele apoie Márcio Murilo que, sendo eleito, assumiria até que a questão jurídica se resolva no Supremo Tribunal Federal (STF). Mas já seria a segunda mesa diretora a assumir em caráter precário e a terceira eleita de novembro para cá.
A mesa diretora atual eleita em 22 de dezembro ainda não anunciou um posicionamento sobre a recente decisão do ministro Roberto Barroso, do STF, no dia 23 de fevereiro, determinando novas eleições em um prazo de 15 dias. Mas corre nos bastidores que a intenção é recorrer, embora cumpra a determinação do Supremo, que atendeu a um mandado de segurança impetrado pelos desembargadores Saulo Henriques de Sá e Benevides, Frederico Coutinho, João Alves, Leandro dos Santos, Romero Marcelo e Oswaldo Trigueiro no dia 17 de janeiro.
A primeira mesa diretora eleita em 16 de novembro do ano passado que tem João Alves da Silva como presidente também continua aguardando o julgamento de mérito da primeira reclamação que suspendeu a sua eleição, por decisão liminar da lavra de Teori Zavascki, ensejando a eleição da atual mesa. O desembargador João Alves, na época, ingressou com agravo. O processo continua sem relator, após a morte do ministro Teori.