A CPIs da ENERGISA farão parte dos trabalhos na Assembleia Legislativa da Paraíba e Câmara Municipal de João Pessoa a partir desta terça-feira (01). A investigação tem o objetivo de apurar, principalmente, as causas dos problemas de abastecimento ocorridos em diversas cidades da Paraíba e as denúncias do “golpe do fio preto”, suposta prática da Energisa que estaria fraudando os medidores de luz das residências para cobrar multas dos consumidores sob a acusação de que eles estariam desviando energia (instalando ‘gatos’) em suas casas.
Os proponentes da CPIs, deputado estadual Anísio Maia (PT) e a vereadora Raíssa Lacerda (PSD). Anísio disse que já conta com 22 assinaturas no requerimento para a instalação da CPI no Legislativo. O deputado lembrou a este colunista que a comissão terá 8 membros, de acordo com a representatividade de cada bancada. Entre os itens a serem apurados, está o cumprimento de cláusulas contratuais por parte da concessionária de energia elétrica, Energisa . O deputado diz que o Golpe do Fio preto precisa ser investigado e aponta, ainda, que o problema pode está disseminado em todo território paraibano. “Em todos os cantos do Estado, temos notícias dos problemas com a Energisa e esse suposto golpe, precisamos investigar”, afirmou Maia.
Já na Câmara Municipal de João Pessoa, a vereadora Raíssa Lacerda garantiu a coluna que já conta com 8 assinaturas para abertura da CPI do Fio Preto: “A Energisa é campeã de reclamação no Procon. Todos os parlamentares receberam bem essa demanda de CPI. Eu vou formalizar um requerimento e se necessário vamos buscar outros instrumentos, além da própria CPI para que podemos chamar à responsabilidade da Energisa”, declarou Raíssa.
Raíssa garantiu que vai propor ações coletivas pedindo a reparação de danos. “Todo consumidor, associações e sindicatos que tiverem interesse podem contar com a assessoria jurídica do nosso gabinete. Já há parecer e jurisprudência do Tribunal de Justiça e do STJ em favor dos consumidores” revelou a vereadora.
Voltando ao ano de 2010, um funcionário da própria Energisa descobriu supostas práticas desonestas através das abordagens dos inúmeros relatos dos próprios consumidores que foram vítimas das ocorrências de fraudes. Naquele mesmo ano, o mesmo funcionário apresentou internamente na sede da empresa, as denúncias da suposta prática fraudulenta.
Nos próximos dias, tratarei neste mesmo espaço do Golpe do Fio Preto II, uma suposta prática delituosa da Energisa contra Condomínios e Prédios comerciais. Aguardem!!!