População

Envelhecimento de indígenas e quilombolas na Paraíba é menor que o da população em geral, mostra Censo do IBGE

As informações sobre envelhecimento fazem parte do Censo Demográfico 2022, divulgadas nesta sexta-feira (03), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Povos indígenas em evento na Paraíba.

Povos indígenas em evento na Paraíba. (foto: divulgação/Governo da Paraíba).

Os índices de envelhecimento das populações indígena e quilombola da Paraíba, inclusive residentes dentro e fora de terras indígenas e de territórios quilombolas, foram ambos iguais a 47, abaixo do indicador calculado para a população paraibana em geral, que foi de 53. Esses índices específicos indicam que, no estado, em 2022, para cada 100 crianças e adolescentes de 0 a 14 anos desses contingentes populacionais, havia 47 pessoas com 60 anos ou mais idade. As informações são do Censo Demográfico 2022, divulgadas nesta sexta-feira (03), pelo IBGE.

No caso da população indígena, o indicador estadual (47) foi o 14º menor do país e o segundo menor do Nordeste, maior apenas que o do Maranhão (17), ficando acima do verificado na média brasileira (35,6), mas bem abaixo da média nordestina (61,5).

Além disso, houve um crescimento de 14% no índice paraibano em relação a 2010 (33), indicando um rápido envelhecimento populacional nesse período. Os indicadores locais calculados para as terras indígenas (TIs) do estado, que consideram apenas os indígenas nelas residentes, foram todos inferiores ao indicador estadual: 28,8 para a TI Potiguara; 35,6 para a TI Jacaré de São Domingos; e 43,1 para a TI Potiguara de Monte-Mor.

Quanto ao índice de envelhecimento da população quilombola paraibana, que foi o 7º menor do país e o 3º menor da região, o valor apurado (47) ficou abaixo das médias nacional (55) e regional (54). Os territórios quilombolas (TQs) oficialmente delimitados da Paraíba com os indicadores mais altos, considerando apenas as pessoas quilombolas neles residentes, foram: Vaca Morta (100) e Caiana dos Crioulos (75,8). Os menores índices foram observados em Matão (20,8) e Paratibe (27).

Idade mediana

Conforme o IBGE, outro indicador de envelhecimento apresentado pela pesquisa é a idade mediana, ou seja, a idade que separa a metade mais jovem da metade mais velha da população.

Para a população indígena paraibana, em 2022, esse número correspondia a 30 anos, superior à idade mediana dos indígenas do país (25 anos), mas inferior à da região (32 anos). Os indicadores específicos dos indígenas residentes em TIs do estado foram todos menores que o estadual: Potiguara (26 anos), Jacaré de São Domingos (27 anos) e Potiguara de Monte-Mor (28 anos).

O Censo 2022 constatou um aumento de 5 anos na idade mediana da população indígena estadual, ente os Censos de 2010 (25 anos) e 2022 (30 anos), tendo sido esse crescimento maior no grupo dos indígenas residentes fora de TIs (passou de 30 para 35 anos, entre 2010 e 2022), do que no dos indígenas residentes em TIs (passou de 24 para 27 anos), indicando que este último grupo continuava a possuir um perfil etário mais novo.

Para a população quilombola, a idade mediana estadual também foi de 30 anos, abaixo das médias nacional e regional, ambas de 31 anos. Os TQs paraibanos que apresentaram valores mais altos para essa métrica foram Vaca Morta (41 anos) e Pitombeira (38 anos), enquanto Fonseca (24 anos) e Matão (25 anos) registraram os menores.

Populações indígena e quilombola na Paraíba têm maioria feminina

Em relação à distribuição por sexo biológico da população indígena, incluindo os residentes dentro e fora das terras indígenas, a pesquisa indica que, das 30.140 pessoas indígenas moradoras em domicílios paraibanos, em 2022, 51% eram mulheres e 49% eram homens. Na população total do estado, a participação das mulheres era um pouco maior (51,7%).

A prevalência de pessoas do sexo feminino na população indígena do estado (51%) era levemente superior à média do país (50,7%), embora inferior à verificada na região Nordeste (51,8%). Entre as pessoas indígenas moradoras em domicílios paraibanos situados dentro das terras indígenas, o grupo feminino era minoritário nas TIs Jacaré de São Domingos (47,6%) e Potiguara (49,6%), sendo majoritário apenas na TI Potiguara de Monte-Mor (51,3%).

Os resultados do Censo Demográfico 2022 mostram ainda que, na Paraíba, para cada 100 mulheres indígenas havia 96,1 homens. O número, denominado razão de sexo, ficou abaixo da média nacional (97,1), mas bem acima da regional (92,9).

Na comparação com 2010 (99,5), houve uma redução de 3,4 pontos percentuais na razão de sexo da população indígena estadual. Já a razão de sexo específica dos indígenas paraibanos residindo em terras indígenas, em 2022, foram as seguintes: 109,9, para a TI Jacaré de São Domingos; 101,7, para a TI Potiguara (101,69); e 95,1 para a TI Potiguara de Monte-Mor.

Situação semelhante de prevalência feminina foi revelada pela pesquisa da população quilombola da Paraíba, composta por 16.765 pessoas, das quais 50,9% eram mulheres e 49,1% eram homens.

No Brasil, diferentemente, a parcela masculina da população quilombola era levemente majoritária (50%), sendo igual ao percentual de mulheres (50%). Já no Nordeste, foi constatada uma leve preponderância das mulheres, com um percentual de 50,1% da população regional, enquanto a proporção de homens era de 49,9%.

Nos territórios quilombolas do estado, os maiores percentuais de mulheres foram observados nos TQs Vaca Morta (55,1%) e Pedra d’Água (55,1%); enquanto os TQs Matão e Fonseca apresentaram as maiores participações masculinas, de 55,1% e 54,7%, respectivamente.

No que diz respeito à razão de sexo relativa à população quilombola paraibana, a pesquisa constatou que para cada 100 mulheres quilombolas, havia 96,5 homens. O indicador estadual foi inferior aos observados tanto no cenário nacional (100,1) como no regional (99,4).

Na Paraíba, os territórios quilombola Vaca Morta e Pedra d’Água foram os que registraram as menores razão de sexo, de 81,5 e 81,6, respectivamente. Os que apresentaram os maiores valores para o indicador foram os TQs Fonseca e Matão, com 120,6 e 122,7 homens para cada grupo de 100 mulheres, respectivamente.

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