Investigação

Antes de morrer, marinheiro pediu orações e reclamou do peso do navio com destino a Fernando de Noronha, diz filho

Os tripulantes relataram a familiares sobre o peso e problemas na embarcação, incluindo a quebra do leme há um mês.

Antes de morrer, marinheiro pediu orações e reclamou do peso do navio com destino a Fernando de Noronha, diz filho

Marcos Antônio Viana Coragem, de 58 anos, é uma das quatro pessoas que perderam a vida no naufrágio do navio Concórdia, ocorrido no último domingo (15). O filho, Airton Coragem, contou que o pai havia pedido orações, preocupado com o peso da carga na embarcação.

Segundo Airton, seu pai conversou com a mãe e pediu orações, expressando sua preocupação em embarcar no navio. “Ele [Marcos Antônio] falou com a minha mãe, que é cristã, feito a nossa família. Ele sempre pedia oração. Mas, dessa vez, estava preocupado.

Ele disse: ‘Ora por mim, porque está feia a situação, está muito pesado o navio, está com excesso de carga. E ora por mim porque a gente está preocupado, está com medo’”, contou Airton à TV Globo.

O comandante do Concórdia, Edriano Gomes de Miranda, é um dos desaparecidos. Sua esposa, Bruna da Silva, relatou que ele havia enviado mensagens mencionando problemas na embarcação, incluindo a quebra do leme há um mês, o que deixou os tripulantes preocupados. Segundo Bruna, o comandante acreditava que o navio não estava em condições de realizar a viagem.

Marcos Antônio, assistente de máquinas com mais de 30 anos de experiência no transporte marítimo de cargas, já havia sobrevivido a dois naufrágios, incluindo um em Fernando de Noronha. Outra vítima do recente naufrágio é Marcos Antônio Ribeiro, de 67 anos, chefe de máquinas do navio, que residia na Paraíba.

“Eu que vou buscar saber deles. Eu que vou atrás. Antes vou ter que reconhecer o corpo do meu pai. Minha mãe está ali, meus irmãos. A gente está sem condição nenhuma. Triste, um absurdo”, contou Airton.

O Concórdia naufragou na noite de domingo (15/9) quando navegava para Fernando de Noronha, transportando 180 toneladas de materiais de construção e alimentos, na sua carga máxima. A empresa responsável, AGS Fretes Marítimos, afirmou, no entanto, que não havia excesso de peso e que a embarcação pesava cerca de 120 toneladas no momento do acidente.

O advogado da empresa, Jadson Borges, informou que o navio afundou por um defeito no leme.

Balanço da Marinha

Quatro tripulantes morreram;
Quatro foram resgatados com vida;
Um segue desaparecido.

Nomes dos sobreviventes resgatados

Edvaldo Baracho da Silva;
Marcelo Cláudio da Conceição Freitas;
Mozart Gomes da Fonseca;
Valcei Gomes da Costa.

Ainda não foi informado o nome dos quatro tripulantes mortos.

Saiba mais:

Paraibano é uma das vítimas que morreu após navio afundar a caminho de Fernando de Noronha

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